domingo, 25 de maio de 2014

Aquela última bolachinha no pacote...



           Às vezes, a gente se pega pensando umas bobagens..Hoje, comendo biscoitos e pensando sobre determinados eventos e pessoas que de alguma forma acabamos interagindo pela vida, somente imaginei como tem pessoas que realmente se acham "a última bolacha do pacote". Só que tem aqueles biscoitos que você não quer que acabem, aquele último intacto, que te faz agradecer por todos os outros,  que vai deixar o derradeiro gostinho na boca. Por outro lado, tem aqueles que vem quebradinhos, mas igualmente gratificantes de comer...
            A última e deliciosa bolacha, de forma alguma deveria ser comparado àquelas pessoas pretensiosas, nada modestas e totalmente sem senso... somente pelo fato de que, o "decisivo biscoito " é totalmente prazível, enquanto as pessoas medíocres na sua autoavalição, que pressupõe ser, na sua visão equivocadíssima, " a delicinha desse mundo", esses nem sobre o última "pérola" dita, ouso comentar.


sexta-feira, 25 de abril de 2014

segunda-feira, 3 de março de 2014

O que ler este mês? Uma dica: DOM CASMURRO, do brilhante Machado de Assis.




 Li Dom Casmurro, obra de Machado de Assis, e uma de suas mais famosas (ao meu ver perfeita) aos12 anos. Mesmo com pouca idade, fiquei maravilhada por esta trama romântica e permeada de personagens complexos e intrigantes.


Dom Casmurro é um romance escrito em 1899.E que romance! Sua história para aquele tempo ousada, é muitíssimo atual.Nela se encontra amor, ciúmes, medos, angústias, dilemas de relacionamentos, conflitos da sociedade no final do séc.XIX. Faz parte da fase realista de Machado de Assim, compondo uma trilogia com Memórias póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba. Pra quem ainda não estudou ou não recorda-se sobre o que foi o Realismo, vamos relembrar!?


O Realismo no Brasil teve seu início, oficialmente, em 1881, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de seu mais célebre autor, Machado de Assis. Esta escola só entra em declínio com o surgimento do Parnasianismo, por volta de 1890.Com a introdução do estilo realista, assim como do naturalista, o romance, no Brasil, ganhou um novo alcance, a observação. Começou-se a escrever buscando a verdade, e não mais para ocupar os ócios dos leitores.Machado de Assis, considerado o maior expoente da literatura brasileira e do Realismo no Brasil, desenvolve em sua ficção uma análise psicológica e universal e sela, portanto, a independência literária do país. (Fonte: wikipedia.org)
  
 












Os protagonistas dessa trama são Bentinho, narrador e apelidado de "Dom Casmurro", Capitu (a moça com "olhos de ressaca, de cigana") e Escobar. A história são relatos de sua juventude, sua vida de seminarista, seu amor e ciúme incontrolável por Capitu. 

Ainda jovens eles prometem se casar. Bento vai para o seminário, já que pela mãe fora dedicado e prometido ao ofício de padre. Lá ele conhece e torna-se melhor amigo de Escobar. Por motivo de doença da mãe, Bentinho retorna para a cidade natal e o amigo vai junto a ele. O jovem seminarista reencontra sua grande paixão Capitu e reacende seu amor por ela, casando-se e tendo um filho a quem chamam de Ezequiel, em homenagem ao primeiro nome de seu melhor amigo. Escobar também apaixona-se por Sancha, amiga de Capitu e casa-se com ela, com quem tem uma filha e dá-lhe e nome de Capitu.


O conflito da história começa quando Bentinho, numa crise de ciúmes começa a ver que seu filho tem muitas semelhanças de Escobar. Ameaça Capitu, acusando-a de ter o traído. Capitu é mandada pelo marido, juntamente com o filho para a Europa, e Bentinho fica com a solidão e a dúvida polêmica que fica na cabeça de todo leitor: Houve ou não traição?

Leia e tire suas próprias conclusões!
Só pra se ter uma ideia, em 1999 quando se comemorou 160 anos de nascimento do escritor Machado de Assis, o jornal Folha de São Paulo promoveu um evento intitulado o "Julgamento de Capitu", com simulação de um tribunal para discutir-se: Afinal de contas, Capitu traiu ou não Bentinho?

                                                                                                          Beijos, até a próxima!

                                                                                                                   por  LAS

P.S: Preciso comentar aqui, que nos tempos de Machado, geralmente os escritores eram médicos, advogados. Mas, Machado de Assis foi artista que superou barreiras a ele impostas numa dada circunstância histórica, social e pessoal, incluída nesta as questões relativas à saúde. O esforço e a luta deste autor são muito significativos, se lembrarmos que até hoje não é "natural" vencer preconceitos, migrar de classe ou obter igualdade de oportunidades.No século XIX brasileiro, numa sociedade de base escravocrata, o que significava ser filho de negro, pobre, gago e com manifestações de epilepsia, como o menino Joaquim Maria Machado de Assis? Ser pobre dificultava-lhe as possibilidades de trabalho e de desenvolvimento do talento.Mas esse maravilhoso escritor presenteou a literatura de seu tempo e a atual com obras de extrema beleza e primazia de escrita. Por essas e outras sou fã desse ícone da nossa história literária.








domingo, 26 de janeiro de 2014

Sobre um dia desses da vida, aprendi: não extrapole!

Extrapolar!
Essa é a palavra pouco usada, que num momento qualquer de sua vida pode surgir inesperadamente.
E ela significa o que bem expressa: ultrapassar os limites conhecidos.
Foi assim que num dia qualquer, um bebum na parada de ônibus, vendo uma discussão cujo dilema era: "chama ou não chama o táxi", tomou uma atitude, chamou o táxi, que os "sóbrios" esperavam  há minutos passar.
O táxi parou, ninguém foi!
Para o bêbado "vocês extrapolaram e não sabem distinguir!"
Pedir ele pediu, e vocês, por que não foram? =)




Uma dica do que assistir: "O mordomo da Casa Branca" do diretor Lee Daniels




"O mundo enfrentava mudanças, e eu não sabia o meu lugar." 

 (Cecil Gaines, protagonista de O mordomo da Casa Branca

 

  Acabei de assistir e recomendo, o filme O Mordomo da Casa Branca, com título original The Butler, dirigido por Lee Daniels (mesmo diretor de Preciosa) e baseado na história real de Eugene Allen, um ex mordomo que prestou serviços aos presidentes americanos por mais de trinta anos. O protagonista é Cecil Gaines, belíssimamente interpretado por Forest Whitaker.

A história de Cecil começa a ser contada pelo ano de 1926, quando ele ainda menino presenciou o assassinato de seu pai, morto pelo filho de seu patrão, ao ouvir os gritos da esposa que por vezes é violentada por ele, nas plantações de algodão.

A matriarca da casa, comovida com a situação do menino e na tentativa de amenizar o sofrimento causado pelo filho, leva-o para morar na Casa Grande e servir como um "negro de casa", onde aos poucos Cecil aprende o ofício de servir.

Temendo a morte Cecil deixa a fazenda de algodão, a mãe que ficara louca após a morte do marido e a senhora que o protegeu, e sai em busca de um futuro melhor. Após perceber um mundo de dificuldades, ele finalmente é ajudado por um empregado negro de um hotel de onde roubara alimentos num momento de fome e desespero. O velho homem bondosamente o treina para ser um excelente mordomo em um luxuoso hotel. Nesse mesmo estabelecimento, um funcionário da Casa Branca percebe o refinamento de Cecil, e tempos depois o convida para o cargo de mordomo na residência presidencial.

No ínterim dos acontecimentos retratados no filme que marcaram a história americana, vê-se também a história familiar do mordomo, os conflitos com o filho mais velho que é ativista dos direitos dos negros, a mulher ( excelente atuação de Oprah Winfrey) que por vezes parece não compreender a ausência do marido e seus afazeres no trabalho, e os próprios questionamentos de Cecil sobre o papel dos negros no seu país.

O autor tenta mostrar a subserviência daqueles que se calaram e pareceram ser contra aos movimentos que lutavam pelos direitos civis dos negros nos anos 60. Porém, o filme se detém também em mostrar as mudanças pelas quais a política americana foi sofrendo para ajustar-se à necessidade de responder aos protestos desse povo que tanto lutou por seus direitos. No filme, são mencionados e representados em algumas cenas , importantes figuras negras que lutaram pela igualdade como Martin Luther King, Malcom X, além de ilustres presidentes americanos, terminando a narrativa destes com a eleição de Obama.

Um elenco primoroso, uma passagem rápida pela história americana, a vida de um mordomo que presenciou os grandes acontecimentos do famoso Salão Oval, pequenas mostras do preço pago pelos negros ativistas e seus grandes líderes, garantem a esta película grandes elogios da crítica e em geral dos apreciadores de uma boa obra cinematográfica.


 
 Por LAS