Sentada na escrivaninha ela olhava as flores. Havia um
grito prestes a sair de sua boca.Era o coração reclamando, exigente. As flores brancas e
cheirosas que outrora lhe traziam esperança, agora pareciam dizer:_ Somos seu
adeus! Regue-nos!
Caprichosas pareciam ter vida além do que lhe era
destinado.
Ela regava-as. Cada gota nas pétalas pareciam lágrimas
que não lhe caíam dos olhos...presas ficavam em seu coração.
Quanto mais as aguava, mas exalavam aquele perfume que lhe
partia a alma.
O cheiro das lembranças, da beleza, da ternura e da
esperança que tivera um dia.
Contemplou-as novamente, implacavelmente o coração
doera...desejou que nunca morressem ou se morressem que fosse logo pois cada
olhar era uma pontada em seu peito. Flores...flores?
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