sábado, 26 de janeiro de 2013

POP ART


Hoje quero postar aqui sobre um assunto que interessa, que me apetece os olhos, que admiro e congratulo: a POP ART...







Pop Art  é uma escola que utiliza em suas representações pictóricas imagens e símbolos de natureza popular. Originado particularmente nos Estados Unidos e na Inglaterra, este movimento foi assim batizado em 1954, quando o crítico inglês Lawrence Alloway assim o denominou, ao se referir a tudo que era produzido pela cultura em massa no hemisfério ocidental, especialmente aos produtos procedentes da América do Norte.

Alguns criadores, inspirados no movimento dadaísta liderado por Marcel Duchamp, decidiram, em fins dos anos 50, se apropriar de imagens inerentes ao universo da propaganda norte-americana e convertê-las em matéria-prima de suas obras. Estes ícones abundantes no dia-a-dia do século XX detinham um alto poder imagético.
A Pop art representava um retorno da arte figurativa, contrapondo-se ao Expressionismo alemão que até então dominava a cena artística. Agora era a vez da cultura em massa, do culto às imagens televisivas, às fotos, às histórias em quadrinhos, às cenas impressas nas telas dos cinemas, à produção publicitária.

Na década de 20, os filósofos Horkheimer e Adorno já discorriam sobre a expressão indústria cultural, para expressar a mercantilização de toda criação humana, inclusive a de cunho cultural. Nos anos 60 tudo é produzido massivamente, e cria-se uma aura especial em torno do que é considerado popular. Desta esfera transplantam-se a simbologia e os signos típicos da massa, para que assim rompam-se todas as possíveis barreiras entre a arte e o povo. Há um certo fascínio em torno do modo de vida da população dos EUA.

Os artistas recorrem à ironia para elaborar uma crítica ao excesso de consumismo que permeia o comportamento social, estetizando os produtos massificados, tais como os provenientes da esfera publicitária, do cinema, dos quadrinhos, e de outras áreas afins. Eles se valem de ferramentas como a tinta acrílica, poliéster, látex, colorações fortes e calorosas, imitando artefatos da rotina popular.
Estes objetos que integram o dia-a-dia da massa são multiplicados em porte bem maior, o que converte sua concretude real em uma dimensão hiper-real. Enquanto, porém, a Pop-art parece censurar o consumismo, ela igualmente não prescinde dos itens que integram o circuito do consumo capitalista. Exemplo disso são as famosas Sopas Campbell e as garrafas de Coca-Cola criadas pelo ‘papa’ deste movimento, o artista Andy Warhol.

Este ícone da Pop-art inspirou-se nos mitos modernos, como o representado pela atriz Marilyn Monroe, símbolo do cinema hollywoodiano e do glamour contemporâneo, para produzir suas obras. Ele procurava transmitir sua certeza de que os ídolos cultuados pela sociedade no século XX são imagens despersonalizadas e sem consistência. Para isso o artista utilizava técnicas de reprodução que simulavam o trabalho mecanizado.
Nesta salada imagética que constitui a pop-art, o que antes era considerado de mau gosto se transforma em modismo, o que era visto como algo reles passa a ter a conotação de um objeto sofisticado. Isto porque estes artefatos ganham um novo significado diante do contexto em que são produzidos, e assumem, assim, uma valoração distinta.

Em comparação à pop art americana, a pop art brasileira era mais precária, mas sem perder a qualidade artística e conceitual. A pop art americana que influenciaria a criatividade em várias partes do mundo, era feita com técnica e materiais de boa qualidade.

No Brasil, a pop art se desenvolveu utilizando materiais alternativos e reaproveitados, e foi com a precariedade que a pop art brasileira encantou o público.
Na década de 60,  os EUA viviam numa época de pós-guerra enquanto que o Brasil iniciava um período de ditadura. Boa parte do conteúdo impresso nas peças artísticas desse movimento no Brasil,  traziam referência à denúncias de tortura e violência.

A pop art brasileira revelou o seu engajamento contra a ditadura, como uma forma de se opor à repressão. Refletia também sobre o cotidiano e o banal, a nossa pop  art ganhou estilo próprio, nos EUA e Inglaterra, por exemplo, ocorreu uma incorporação de elementos da sociedade de consumo, enquanto que no Brasil, predominou a temática social dos anos 60.

Depois da anistia, nos anos 80, cada artista brasileiro seguiu o seu próprio rumo criativo. Dentre os artistas brasileiros, destacam-se Nitsche, Claúdio Tozzi, Rubens Gerchman, Wesley Duke Lee  e Aguilar.
Claúdio Tozzi, por meio da construção das cores, expressou poesia em suas peças, se dedicou profundamente às pesquisas de cores. Muito comentado na mídia, Rubens Gerchman era pintor, desenhista, gravador e escultor e teve a oportunidade de expor seus trabalhos no México, Guatemala, EUA e Alemanha; em suas obras buscava o novo e o estático, além de expressar a imagem do beijo de diversas formas.
Wesley Duke Lee era um artista paulistano, pintor, desenhista, gravador e artista gráfico. Realizou obras irreverentes e originais. Em 1963, criou ao lado de Pedro Manuel Gismondi, o movimento “Realismo Mágico”, o movimento buscava enxergar o mundo a partir de elementos mágicos e energizantes.

Aguilar é reconhecido como o pintor das bandeiras. Aguilar é um paulistano nascido em 1941, e, em suas obras, indagou sobre uma sociedade globalizada, presa aos apelos televisivos e longe dos reais movimentos culturais. Analisa-se uma bandeira como a identificação de uma nação, partido ou grupo, uma forma de pano repleta de cores. Mas, em suas obras, Aguilar explora  um conceito de liberdade nas bandeiras.
Vale lembrar que a pop art americana surgiu em Londres e em Nova York como forma de criticar o consumismo e valorizar a cultura popular. Em suas obras utilizavam ícones referentes às publicidade e veículos de massa como os quadrinhos, TV e cinema.
















fonte:http://www.infoescola.com/artes/pop-art-brasileira/


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